| «Não quero mundo nem coisa dele, nem me parece algo me contente afora de Vós; tudo o mais é para mim pesada cruz. Bem me posso enganar e nada ter disto que digo, mas bem vedes, meu Senhor, que, segundo posso entender, não minto. E estou tremendo – e com muita razão – que me torneis a deixar. Já sei até que ponto chega a minha fortaleza e pouca virtude quando não ma estais sempre a dar e a ajudar para que Vos não deixe. Praza à Vossa Divina Majestade que, mesmo agora, não esteja apartada de Vós, parecendo-me, no entanto, tudo isto de mim. […] Parecia-me, Senhor meu, já impossível deixar-Vos tão de todo; mas, como tantas vezes Vos deixei, não posso deixar de temer, porque, em apartando-Vos um pouco de mim, dava com tudo em terra. Bendito sejais para sempre, pois, embora eu Vos deixasse, Vós não me deixastes a mim tão de todo que não me tornasse a levantar com o dares-me sempre a mão.»
Santa Teresa de Jesus | 1515 - 1582 Livro da Vida 6,9
Senhor, se desviais de mim o olhar, nada posso e nada sou. Que eu o não desvie de Vós |
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